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domingo, 24 de fevereiro de 2013

No Alto (A)Mar


Em pleno motim dos sentimentos, instigados pela desobediência do desejo, o capitão olhou para o firmamento salpicado de estrelas.

E porque não conseguia ver o que lhe aguardava além do tempo presente, humilhado, imaginou-se abraçado à Estrela Polar...

Quase em êxtase, ouviu, em sua consciência, voz suave que julgou ser a do luminoso astro que respondia piedoso aos seus lamentos infantis:

__Amar-se é um seguir em frente com as certezas das correntezas e brisas oceânicas... Um deixar-se levar para onde apontam as luzes no céu da noite... É um desistir da desistência imposta pela âncora dos medos e de suas filhas: a dúvida e a rebeldia; é aceitar que a única certeza é o que sentimos e o Amor, dentre os sentimentos, é a certeza mais nobre que nos alcança... Amar-se, por fim e começo, é renunciar a esta crença: a de que o velejar só depende de nossas mãos...

Nessa mesma noite, o capitão entregou, sem resistência, o comando de sua nau.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Playing For Change


Song Around the World!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Aos Navegantes


Não sei se alguém já reparou, mas começaram a surgir, nas minhas postagens, links irritantes, não autorizados por mim, contendo "balões de propagandas".

Estou pesquisando em sites alguma forma de resolver esse absurdo.

É como eu havia dito em outra postagem: "a propaganda está virando a alma obsessora do negócio"...
 

Vício


Como é fácil arrancar fora, a árvore escondida, enquanto ainda é semente!

Morte (2)


"A morte é uma libertação para quem viveu libertando-se. A morte é uma escravização para quem viveu escravizando-se."


Morte


"Nós saímos do corpo, mas não saímos da vida."


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Estátua da Paciência

Delicioso foxtrote de Noel Rosa que me faz viajar no tempo...
 


"Seu telegrama diz:
'Regressarei brevemente'
Mas o seu trem fatalmente
Chegar não quis..." 



Nos Teus Cabelos




Na música: Girassol by Alceu Valença.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Mandalas


Eu não tenho conta no Facebook, mas meu irmão tem e ele vive me chamando para mostrar algumas coisas legais que existem por lá...

Uma delas foi este site: https://www.facebook.com/mandalabook - que contém belíssimas mandalas, verdadeiras obras de arte, como a da imagem acima (cujo autor possui uma página: em  http://www.organicmandala.deviantart.com/).

Simplesmente show!

Serenidade





 A escalada continua... 
...e a paisagem vai tornando-se cada vez mais bela...

_____________________

Na música: Tinuviel by Amethystium

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tum-tum, tum-tum...

Seu carnaval segue ao som de um coração no compasso da saudade: batucada em ritmo acelerado, arrochado, num ziriguidum danado...

A noite inteira, tirando de sua boca, os versos de uma velha canção:

"Ali Babá, Aladim, Rapunzel,
Eu vou dançar até o Sol raiar no céu..."

A rouquidão não o impede de cantar, no sobe e desce das ladeiras, pulando em ruas fantasiadas pelos seus delírios sentimentais, surreais, numa festa de um só, a dançar consigo mesmo, com a multidão de mais ninguém.

Por isso, não se vestiu de arlequim.

Preferiu trazer a face descoberta, desmascarada...

É apenas dele esse carnaval que, de carne, nada tem.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sem mais...


                                                                        

Verdade com "M" maiúsculo

Recebi este texto de uma amiga, pelo e-mail:


Concordo em gênero, número e grau... 

E confesso que, nos dias de hoje, pelo menos por aqui, no Recife, tem sido difícil encontrar uma dessas "Mulheres de Verdade"... 

Mas, eu sou teimoso e não desisto de procurar...
 (Quem sabe, ela não me encontra antes?)


sábado, 9 de fevereiro de 2013

La Pluie




"On l'aime parfois elle hausse la voix elle nous bouscule
elle ne donne plus de ses nouvelles en canicule
puis elle revient comme un besoin par affection
et elle nous chante sa grande chanson
l'inondation"

______________________________

Na música: "La Pluie" -  Zaz (intérprete), composição de Vivian Roost. Na imagem: "Rain of Love", óleo sobre tela de puro algodão, by Leonid Afremov.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Eternidade


No fundo, nós sabemos que o tempo morre quando amamos, porque o amor vence o tempo, deixando-o eterno...

E não me larga essa carência...

...de querer fazer carinho...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Regresso





Nas minhas descidas,
Ao meu Hades interior,
Em busca de luzes,
Que nunca se extinguem,
A arte é meu fio de Ariadne...

________________________

Na imagem: La Valse, by Camille Claudel. Na música:  Pietro Mascagni, Cavalleria Rusticana (Intermezzo).

Coragem


"Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta. Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-los e utilizá-los como servos da nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la, criticá-la, usá-la."


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Dissimulado



E quando cansei de esperar,
Na minha desistência de amar, 
Veio a mentira em meu lugar...


___________________

Decalcomania, 1966 - by René Magritte.

Reflexões sobre as Redes Sociais

Trago, logo a seguir, duas entrevistas com Andrew Keen, conhecido como o "anticristo do Vale do Silício".


Concordo com muita coisa dita por ele...

O mais legal de tudo é que gente como Andrew mantém acesa a chama da discussão a respeito do uso das redes sociais, provocando em nós reflexões quanto a nossa postura diante desses meios de comunicação e quais as conseqüências desse nosso posicionamento.

Também posto um link para uma matéria que trata de um estudo realizado sobre a inveja no Facebook.  


En passant: pois é Bruna, também fiquei afim de ler os livros desse cara...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Walk





Ecocídio (2)

É interessante (para não dizer que eu fico p* da vida)...

Uma parte da humanidade tem lutado para mostrar a outra que não somos seres dissociados do ambiente em que vivemos.

Dizem que qualquer atitude que prejudique a natureza volta-se contra nós mesmos...

Tudo muito certo... justo e perfeito... 

Porém, o que dizer, então, quando, nessa atitude de respeito pelo meio ambiente, não é levado em consideração o respeito por si mesmo, quanto a própria saúde? Afinal, não somos partes desse todo natural?

Reclamamos da presença dos agrotóxicos nas plantações; dos aditivos nos alimentos; dos compostos químicos expelidos pelos motores e pelos complexos industriais; do chorume nos lixões e cemitérios; dos dejetos liberados,  sem o devido trato,  pelo esgotamento sanitário... Mas, intoxicar o próprio corpo com o álcool ou com qualquer outra droga está tudo bem...

"É um direito que eu tenho, porque o corpo é meu!".

Sem problema companheiro, vá em frente e faça de suas palavras por um mundo melhor mais "verdadeiras" e "coerentes"... Ou, quer que eu o siga, vendo seu corpo nos mostrar, à exaustão, como é a luta diária dele pela manutenção da homeostase de um ecossistema de trilhões de células, tentando desintoxicar-se daquilo que você o força a consumir de modo desnecessário?  

Eu pergunto, numa quase perplexidade, verdadeiramente curiosa: o que existe dentro da cabeça de alguém que o faz limpar (ou pretender limpar) o mundo, todavia poluindo a si mesmo? 

Talvez, ele, sem perceber, não se enxergue um integrante deste mundo em que vivemos... Logo, o que dizer da maneira como vê seu próprio corpo? Em que universo ele está? Talvez, nele mesmo não se encontre para ouvir a resposta pronta... caso eu tivesse uma...  

Limpe a grama, o rio, as ruas, as praias, mas suje o corpo e sua mente... 

Parece uma piada de humor negro, ainda por cima, mal contada.  

Eu até riria... se não fosse trágico... 


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ego Inflado

Ascende o balão,
E torna-se mais alto...

Mais alto que o coração,
Mais alto que a cabeça,

Mais alto que o carvalho,
Mais alto que a montanha,

Mais alto que as águias
Mais alto que as nuvens,

Mais alto que o Sol,
Mais alto que a Lua,

Mais alto que o espaço sideral,
Mais alto que ele mesmo...

Quem mais pode vê-lo em suas cores?
Quem mais pode vê-lo na multidão?
Quem mais pode vê-lo em sua solidão?

Ascende o balão,
E torna-se mais alto,
Sem sair do chão...

In the name of love



"One man caught on a barbed wire fence
One man here resist
One man washed up on an empty beach
One man betrayed with a kiss."