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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Gonzaguinha? Eu quero é BIS, SEMPRE!


Esse cara é um gigante da nossa música! Suas canções são magistrais!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Nos últimos 15 dias...

...senti na pele o significado de uma frase que meu pai citava muito pra mim:

"O tempo é um recurso limitado, escasso e não renovável."

sábado, 17 de setembro de 2011

O Dia

Existe um dia em particular no qual trago de volta a vida meu ser: a quinta-feira.

Eu sou expulso do ventre da quinta-feira e morro no dia seguinte, com algo diferente, mais desperto, mais livre, dentro de uma sexta de inconsciências urbanas.

Toda quinta-feira é a mesma. Não há quatro ou cinco, como costumam mentir os meses. Existe apenas uma: a quinta que me pariu - e ela continua a me parir, em única vez, a cada semana.

Refaço-me nessa gestação periódica extenuante de seis dias incompletos, fruto de um caso persistente, não quisto pela sociedade, entre a quinta-feira e o cotidiano com sua rotina ingrata.

E renasço na frente de um mundo que, amedrontado, prefere ficar dentro de sua própria mesmice visceral.

Renasço na hora que o Sol vai cozinhando o céu, deixando o dia virar noite... com sabor de sereno...

sábado, 10 de setembro de 2011

Meu Amigo



Meu Amigo, não sou o que pareço. O que pareço é apenas uma vestimenta cuidadosamente tecida, que me protege de tuas perguntas e te protege da minha negligência.

Meu Amigo, o Eu em mim mora na casa do silêncio, e lá dentro permanecerá para sempre, despercebido, inalcançável.

Não queria que acreditasses no que digo nem confiasses no que faço – pois minhas palavras são teus próprios pensamentos em articulação e meus feitos, tuas próprias esperanças em ação.

Quando dizes: “O vento sopra do leste”, eu digo: “Sim, sopra mesmo do leste”, pois não queria que soubesses que minha mente não mora no vento, mas no mar.

Não podes compreender meus pensamentos, filhos do mar, nem eu gostaria que compreendesses. Gostaria de estar sozinho no mar.

Quando é dia contigo, meu Amigo, é noite comigo. Contudo, mesmo assim falo do meio-dia que dança sobre os montes e da sombra de púrpura que se insinua através do vale: porque não podes ouvir as canções de minhas trevas nem ver minhas asas batendo contra as estrelas – e eu prefiro que não ouças nem vejas.

Gostaria de ficar a sós com a noite. 

Quando ascendes a teu Céu, eu desço ao meu Inferno – mesmo então chamas-me através do abismo intransponível, “Meu Amigo, Meu Companheiro, Meu Camarada”, e eu te respondo: “Meu Amigo, Meu

Companheiro, Meu Camarada” – porque não gostaria que visses meu Inferno. A chama queimaria teus olhos, e a fumaça encheria tuas narinas. E amo demais meu Inferno para querer que o visites. Prefiro ficar sozinho no Inferno. 

Amas a Verdade, e a Beleza, e a Retidão. E eu, por tua causa, digo que é bom e decente amar essas coisas.

Mas, no meu coração rio-me de teu amor. Mas não gostaria que visses meu riso. Gostaria de rir sozinho. 

Meu Amigo, tu és bom e cauteloso e sábio. Tu és perfeito – e eu também, falo contigo sábia e cautelosamente. E, entretanto, sou louco. Porém mascaro minha loucura. Prefiro ser louco sozinho:

Meu Amigo, tu não és meu Amigo, mas como te farei compreender? Meu caminho não é o teu caminho.

Contudo juntos marchamos, de mãos dadas. 


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(Excertos de “O Louco”, por Gibran Khalil Gibran)

O Louco

por Gibran Khalil Gibran


Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

The Animals!



Para mim, é a melhor versão dessa música. Eric Burdon, cantando-a... putz! É de arrepiar!


sábado, 3 de setembro de 2011

Por Onde Ando?


Fui obrigado a ser um "gaijin" em minha própria terra; um "estranho estrangeiro".

(Existe alguém, nesta província, que fale minha língua?)

Eles me fazem estar neste mundo sem pisar nele...

Não me lembro mais da maciez da grama, nem da dureza do chão.

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Na imagem: xilogravura de Katsushika Hokusai, intitulada "A boy in front of Fujiama".

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Parando o Tempo




Eu precisava terminar meu dia ouvindo isso...


(Na música: Clair de Lune, by Claude Debussy)