rss
email
twitter
facebook

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Edit

Se vacilarmos, o português não perdoa... 

Lendo mais uma vez a poesia "Sobrevivência" (post anterior), descobri duas construções estranhas, nos dois últimos versos da última quadra.

A primeira esteve presente no trecho "Na busca do pasto" (é o gorgulho ou o pasto que busca?).

A outra, infelizmente, tive que modificar também, porque nela ouvíamos um som inconveniente, "zamão", quando líamos "Enfrentas a mão!". Parecia até que "zamão" era um personagem a ser enfrentado... 

Essa sonoridade foi de matar, embora a idéia contida no desfecho do poema trouxesse algo mais heróico, com uma dramaticidade ideal... Mas não soou bem...

A questão é que, para a manutenção do ritmo, tenho que "abreviar" alguns versos, pondo de lado algumas partículas, como por exemplo certos pronomes possessivos, que iriam quebrar a musicalidade das quadras. Então, se não tiver cuidado, pode tornar-se comum o aparecimento de sons tipo "zamão". 

Essa história toda sobrou para o pequeno gorgulho: passou de anti-herói que, faminto, enfrentava a "mão do destino", para a categoria de um reles ladrão de feijão... 

0 vozes:

Postar um comentário