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domingo, 15 de maio de 2011

Não-Ação

No início da noite, Satoru e seu discípulo meditavam num aposento livre de imagens. Próxima aos dois, uma vela iluminava o local, modestamente, em frágil pires de porcelana.

A certa altura do exercício, o aluno, algo assustado, falou:

__Mestre... as nossas sombras... projetadas nas paredes deste recinto... são tão grandes...

Satoru notou que a respiração do aprendiz fazia com que a pequenina chama trepidasse quase ao ponto de apagá-la. Nesse mesmo instante,
interrompeu as palavras do pupilo e, finalizando a meditação, disse:

__Vamo-nos daqui, agora, e deixemos o local entregue à luz dessa vela para que, em paz, cumpra a sua tarefa de iluminar, sem a nossa inconveniente presença...

As sombras desapareceram.


1 vozes:

Sheila disse...

Quantas vezes não somos as sombras atrapalhando, né? A carapuça me serviu. rsrs

Servo, tem sorteio lá no blog e adoraria que você participasse.

http://pensamentosyotrascositas.blogspot.com/2011/05/presente-pra-voces.html

Beijocas.

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