Seu carnaval segue ao som de um coração no compasso da saudade: batucada em ritmo acelerado, arrochado, num ziriguidum danado...
A noite inteira, tirando de sua boca, os versos de uma velha canção:
"Ali Babá, Aladim, Rapunzel,
Eu vou dançar até o Sol raiar no céu..."
A rouquidão não o impede de cantar, no sobe e desce das ladeiras, pulando em ruas fantasiadas pelos seus delírios sentimentais, surreais, numa festa de um só, a dançar consigo mesmo, com a multidão de mais ninguém.
Por isso, não se vestiu de arlequim.
Preferiu trazer a face descoberta, desmascarada...
Preferiu trazer a face descoberta, desmascarada...
É apenas dele esse carnaval que, de carne, nada tem.
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