Se vacilarmos, o português não perdoa...
Lendo mais uma vez a poesia "Sobrevivência" (post anterior), descobri duas construções estranhas, nos dois últimos versos da última quadra.
A primeira esteve presente no trecho "Na busca do pasto" (é o gorgulho ou o pasto que busca?).
A outra, infelizmente, tive que modificar também, porque nela ouvíamos um som inconveniente, "zamão", quando líamos "Enfrentas a mão!". Parecia até que "zamão" era um personagem a ser enfrentado...
Essa sonoridade foi de matar, embora a idéia contida no desfecho do poema trouxesse algo mais heróico, com uma dramaticidade ideal... Mas não soou bem...
A questão é que, para a manutenção do ritmo, tenho que "abreviar" alguns versos, pondo de lado algumas partículas, como por exemplo certos pronomes possessivos, que iriam quebrar a musicalidade das quadras. Então, se não tiver cuidado, pode tornar-se comum o aparecimento de sons tipo "zamão".
Essa história toda sobrou para o pequeno gorgulho: passou de anti-herói que, faminto, enfrentava a "mão do destino", para a categoria de um reles ladrão de feijão...
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