O seres humanos que se dizem democráticos comumente pregam apenas aquela liberdade referente a assuntos da realidade externa e material. Como exemplos, podemos citar a própria liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão.
A fim de que tehamos uma vida plena, contudo, não é suficiente a teoria e a prática da liberdade social, se continuarmos com o cultivo do apego por alguém ou por alguma coisa.
A fim de que tehamos uma vida plena, contudo, não é suficiente a teoria e a prática da liberdade social, se continuarmos com o cultivo do apego por alguém ou por alguma coisa.
Esse dilema se mostra bem, quando um ente querido parte em virtude da morte de seu corpo biológico; quando ocorre a perda de um emprego; quando a beleza desaparece por conta da velhice; quando alguém perde a moradia, em decorrência de um desastre, despejo ou desapropriação, ou ainda, quando existe a perda de um objeto de estimação ou de um animalzinho querido.
De modo fundamental, a luta para sermos livres não deve ser travada tão somente no âmbito do mundo objetivo, das coisas sensíveis. A liberdade é, antes de tudo, um acontecimento subjetivo da mais alta importância. Sua realização demanda urgência em nossas vidas pelo caminho da aceitação das dores e limitações que se nos apresentam dia após dia.
Mas, aceitar, aqui, não quer dizer conformismo...
Para alcançarmos a liberdade interior, que há de provocar todos os desapegos e retirar de nós toda a carga de sofrimentos proporcionados pelos desejos, faz-se mister a promoção da maior e mais importante revolução que espera por cada homem e mulher: a reforma do nosso mundo íntimo.
As transformações paulatinas produzidas pelo constante exercício do desatamento de laços internos, leva-nos, com o tempo, a retomada do conhecimento daquilo que nos traz a dor e mostra-nos como evitar a criação de novas amarras.
Por conhecer bem esse problema, o célebre François Fénelon (1651-1715) certa feita disse que "o mais livre de todos os homens é aquele que consegue ser livre na própria escravidão". Dessa forma, ele evocava a nossa capacidade de autodomínio e autossuperação, tirando-nos da condição de vítimas das circunstâncias.
Fénelon sabia que a liberdade íntima faz nascer um homem senhor absoluto de si mesmo, diante de qualquer situação considerada aflitiva, paralisante ou temporariamente irremediável. O estado de ser "livre em si mesmo", abre espaço para a independência emocional que afasta o indivíduo da condição de semelhança com uma mera folha solta que rodopia, sobe e desce ao sabor de ventanias, mudando constantemente sua direção.
Por conhecer bem esse problema, o célebre François Fénelon (1651-1715) certa feita disse que "o mais livre de todos os homens é aquele que consegue ser livre na própria escravidão". Dessa forma, ele evocava a nossa capacidade de autodomínio e autossuperação, tirando-nos da condição de vítimas das circunstâncias.
Fénelon sabia que a liberdade íntima faz nascer um homem senhor absoluto de si mesmo, diante de qualquer situação considerada aflitiva, paralisante ou temporariamente irremediável. O estado de ser "livre em si mesmo", abre espaço para a independência emocional que afasta o indivíduo da condição de semelhança com uma mera folha solta que rodopia, sobe e desce ao sabor de ventanias, mudando constantemente sua direção.
A liberdade interior, na superação dos apegos, é uma das condições básicas sine qua non para toda a liberdade que se queira exercer, com responsabilidade, no mundo social.