Deixar a "criança interna" vir à tona é sinal de maturidade. "Ser criança" não é ser um bobo, um inconseqüente. Muita gente pensa que ser sisudo é condição para se tornar adulto...
Por deixarem essa criança presa é que existe tanta gente com uma qualidade de vida tão aquém da ideal, prejudicando, inclusive, muitos do seu convívio.
Passei uma boa parte da vida com uma visão muito séria de mim mesmo, das coisas, pessoas e situações. Era um jovem "metido a velho". Este "homem antigo" ainda pode ser visto em várias passagens dos textos de meu blog.
Talvez, esse ancião nunca pare de me assombrar. Talvez...
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Por mais que eu seja educado, gentil, sem excessos ou afetações, a maioria das pessoas que conheço, ainda fica ressabiada em me conhecer. Até hoje, não sei a razão disso. Cismam comigo do nada. Parece que todo mundo se torna tímido perto de mim; sem jeito... Aproximam-se com o freio de mão puxado...
Antes que alguém diga que isso é "neura" ou "invenção de minha cabeça", sei que existe algo diferente no ar, porque, quando olho ao redor, vejo que isso não acontece com os outros... Sempre tive que improvisar para deixar as pessoas mais à vontade.
Preconceitos, às vezes, são engraçados. Ora nos fazem sentir um Frank Sinatra, ora um macaco dentro de uma jaula de zoológico...
Mais tarde, vêem que não sou um bicho de sete cabeças; que tenho boca, mas não sou de morder; que minha vida é um livro aberto... Terminam dizendo que sou muito legal e coisa e tal...
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Por mais sério que um dia eu tenha sido, paradoxalmente, nunca gostei de ambientes cheios de formalidade. Sempre flertei com a espontaneidade que gera aqueles momentos cheios de alegria serena, na qual ficamos distantes de qualquer ansiedade, totalmente à vontade perante o outro; de alma despida.
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Se por um lado, gosto de espontaneidade, de alegria e de ser criança, por outro, evito as festividades que aglomeram as multidões frenéticas. Prefiro o silêncio das praias e ruas desertas quebrado apenas pelo sussurro do vento, pelo canto dos pássaros e pela voz da pessoa amada... Tenho verdadeira paixão pela cumplicidade e pela intimidade (no amor, dupla mais perfeita, não há). Creio, piamente, que estas duas últimas só podem ser satisfeitas, de forma plena, numa "solidão a dois"...
1 vozes:
Ao ler esse texto me identifikei logo de pronto. Nunk percebi q 'Outros' poderiam me traduzir em palavras, q por sinal muito bem colokdas.
Obg!
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