O punk rock é como um "som que explode" e que nos arremessa com violência contra o muro da nossa realidade.
Aborda, de forma contundente, sem arrodeios, temas sensíveis à sociedade como política, sexo, drogas e religião.
Provocante, não surgiu para ser bonito ou agradar ou ganhar fama. Veio para incomodar o sono dos que adormecem na corrupção de si mesmos, no momento em que o mundo deles precisa...
É um arauto da temida desilusão; um grito inconformado, árido, mordaz e sincero que estilhaça ideologias e arrebenta grilhões de inércia em nossas mentes acomodadas, apartando-nos da alienação.
Seu ritmo, muitas vezes alucinante, parece querer alertar sobre o domínio soberano da agitada freqüência beta, na qual oscilam nossas ondas cerebrais, cotidianamente, quando o frenesi do ter em detrimento do ser inquieta-nos a alma...
Dá ao ser humano um retrato fiel dos absurdos que comete através do fundamentalismo religioso, dos abusos de poder, dos desvios da ciência, do racismo, dos excessos de toda ordem... Propicia, com isso, a reflexão crítica e radical, e um debate mais consciente dos problemas que assolam a modernidade.
Tocá-lo é cortar na própria carne...
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A banda que mais gosto, dentro desse universo tão polêmico, por vezes controverso, é a Bad Religion.
Cativante é a paixão por meio da qual o criador dela e front man, prof. Greg Graffin expressa suas canções, verdadeiras odes à tomada de consciência bem ao estilo punk!
Adoro o som desses caras!
Uma curiosidade, sobre o vocalista: Greg é formado em Antropologia e Geologia pela Universidade da Califórnia e obteve na Universidade Cornell seu Ph.D, com uma dissertação na área de Zoologia. Também na UCLA, ensina durante o inverno Ciências da Vida 1 e Ciências da Terra e do Espaço (Paleontologia).
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