Hoje, recebi uma curiosa visita no setor onde trabalho.
O inusitado visitante era nada mais nada menos que um espécime de geco, vestido em pálidas cores, a buscar seu repasto noturno. Destemido, desafiava a gravidade com suas lamelas adesivas, na janela bem a minha frente.
A luminosidade, que se projetava ao exterior escuro pela vidraça, propiciava acidentalmente um chamariz ideal para os insetos: naquela hora, fatal seria o encanto deles pela luz...
Por poucos minutos, releguei meus afazeres, sem o comprometimento dos mesmos, a fim de acompanhar o intento do pequenino réptil. Queria observar-lhe a técnica de caça e, quem sabe, aprender algo sobre o animal. Intrigado, notei que não havia algo de mirabolante no seu modo de conseguir o alimento. Todavia, a criaturinha conseguia elevada taxa de sucesso na sua empreitada.
Os botes sucediam-se precisos, quando num dado momento, descobri o que o geco detinha de tão precioso - para além de seus atributos biofísicos. O instinto lhe havia conferido inquebrantável paciência, imperturbável concentração, prudência irretocável e denodada perseverança. Quatro qualidades que realmente o mantinham como um sobrevivente, num universo tão inóspito e sombrio!
Após a partida do visitante, já de volta às minhas atividades, meditando sobre algumas questões que o comportamento instintivo do animalzinho suscitara em mim, um insight surpreedeu-me o entedimento.
O grande havia construído, no pequeno, a sua morada...
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O inusitado visitante era nada mais nada menos que um espécime de geco, vestido em pálidas cores, a buscar seu repasto noturno. Destemido, desafiava a gravidade com suas lamelas adesivas, na janela bem a minha frente.
A luminosidade, que se projetava ao exterior escuro pela vidraça, propiciava acidentalmente um chamariz ideal para os insetos: naquela hora, fatal seria o encanto deles pela luz...
Por poucos minutos, releguei meus afazeres, sem o comprometimento dos mesmos, a fim de acompanhar o intento do pequenino réptil. Queria observar-lhe a técnica de caça e, quem sabe, aprender algo sobre o animal. Intrigado, notei que não havia algo de mirabolante no seu modo de conseguir o alimento. Todavia, a criaturinha conseguia elevada taxa de sucesso na sua empreitada.
Os botes sucediam-se precisos, quando num dado momento, descobri o que o geco detinha de tão precioso - para além de seus atributos biofísicos. O instinto lhe havia conferido inquebrantável paciência, imperturbável concentração, prudência irretocável e denodada perseverança. Quatro qualidades que realmente o mantinham como um sobrevivente, num universo tão inóspito e sombrio!
Após a partida do visitante, já de volta às minhas atividades, meditando sobre algumas questões que o comportamento instintivo do animalzinho suscitara em mim, um insight surpreedeu-me o entedimento.
O grande havia construído, no pequeno, a sua morada...
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Na imagem: Geco escalando uma vidraça, photo by Michael Bretherton.
2 vozes:
Geco? Nunca tinha ouvido esse nome pro bichinho que chamo de lagartixa :)
E quanto essas criaturinhas podem nos ensinar, né? Pequenininha ali, insignificante para alguns, alvo muito apreciado por gatos... Mas sabendo exatamente o que fazer para sobreviver!
Sei não, mas acho que tem um dedo de Deus nesse serzinho ;)
Beijocas.
Incrível como você consegue aprender com coisas tão pequeninas, com seres tão pequenos e tão grandes em sua essência, vamos assim dizer.
A perseverança, a paciência (princiapalmente), são virtudes que devemos regar diariamente... Elas sempre trazem bons frutos.
Ps.: Eu nunca li esse livro... Vou procurar saber a respeito. Aprecio muito esses tipos de livro. Obrigada pela dica.
Beijo na alma, muita paz.
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