A verdadeira elegância nasce espontânea, pois que é fruto da nobreza de caráter, sem afetação, que encontrou moradia num coração amadurecido pelas experiências da vida.
Não há fórmula externa para sua conquista. Roupas, perfumes, cosméticos, não conseguem mascarar a verdade subjacente de quem não possui essa qualidade. Basta, muitas vezes, uma simples contrariedade, para que todo o verniz, que lustrava a mera aparência, escorra e revele o quão fosca pode estar uma alma vazia de virtude.
Ser elegante é muito mais do que expressar um andar gracioso, gesticular cuidadosamente, apresentar boas maneiras à mesa, vestir o figurino mais atual...
Ser elegante passa pela auto-estima nascida de um amor real por si mesmo, auto-suficiente, e não a pseudo-auto-estima alicerçada na vaidade gerada por um ego infantil.
Não se compra a verdadeira elegância, ela é conquistada dia após dia, e independe do status social, como poderiam pretender...
Curiosamente, os elementos que mais dão elegância à vida de um ser humano, hoje em dia, são tidos como algo démodé: gentileza, respeito, confiança, paciência...
A moda se refaz às custas da necessidade. O superficial, de mãos dadas com o supérfluo, conquista o sonho e a imaginação ingênuos. Os valores são invertidos. Aquilo que é inadequado, impróprio, sem sentido, transforma-se na oportunidade de ser aceito por um grupo de pessoas que violentam seus gostos, seus modos saudáveis de ser; que perderam a individualidade e um pouco mais de suas já minguadas liberdades...
Nesse frenesi de ilusões, onde a utilidade é virada pelo avesso, sacrifica-se a elegância no altar das aparências. Imprestáveis, novos paradigmas surgem, cobrando bolsos (e indivíduos) vazios. Modificam seus preços, num ritmo tão célere, que nem sempre o dinheiro pode comprar (para desespero de alguns).
A verdadeira elegância não é beleza transitória, um mero ornamento, e nem se deixa corromper pelo modismo da ocasião. Nada esconde. Revela. É verdade imperecível da alma. Nunca morre. Transforma-se, podendo ser aperfeiçoada.
Traço sublime duma alma elevada, a elegância, sempre poderá ser encontrada em algum lugar do mundo íntimo daquele indivíduo que permite a si mesmo, incondicionalmente, o ato de amar.
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Na imagem: Clarice Lispector
Não há fórmula externa para sua conquista. Roupas, perfumes, cosméticos, não conseguem mascarar a verdade subjacente de quem não possui essa qualidade. Basta, muitas vezes, uma simples contrariedade, para que todo o verniz, que lustrava a mera aparência, escorra e revele o quão fosca pode estar uma alma vazia de virtude.
Ser elegante é muito mais do que expressar um andar gracioso, gesticular cuidadosamente, apresentar boas maneiras à mesa, vestir o figurino mais atual...
Ser elegante passa pela auto-estima nascida de um amor real por si mesmo, auto-suficiente, e não a pseudo-auto-estima alicerçada na vaidade gerada por um ego infantil.
Não se compra a verdadeira elegância, ela é conquistada dia após dia, e independe do status social, como poderiam pretender...
Curiosamente, os elementos que mais dão elegância à vida de um ser humano, hoje em dia, são tidos como algo démodé: gentileza, respeito, confiança, paciência...
A moda se refaz às custas da necessidade. O superficial, de mãos dadas com o supérfluo, conquista o sonho e a imaginação ingênuos. Os valores são invertidos. Aquilo que é inadequado, impróprio, sem sentido, transforma-se na oportunidade de ser aceito por um grupo de pessoas que violentam seus gostos, seus modos saudáveis de ser; que perderam a individualidade e um pouco mais de suas já minguadas liberdades...
Nesse frenesi de ilusões, onde a utilidade é virada pelo avesso, sacrifica-se a elegância no altar das aparências. Imprestáveis, novos paradigmas surgem, cobrando bolsos (e indivíduos) vazios. Modificam seus preços, num ritmo tão célere, que nem sempre o dinheiro pode comprar (para desespero de alguns).
A verdadeira elegância não é beleza transitória, um mero ornamento, e nem se deixa corromper pelo modismo da ocasião. Nada esconde. Revela. É verdade imperecível da alma. Nunca morre. Transforma-se, podendo ser aperfeiçoada.
Traço sublime duma alma elevada, a elegância, sempre poderá ser encontrada em algum lugar do mundo íntimo daquele indivíduo que permite a si mesmo, incondicionalmente, o ato de amar.
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Na imagem: Clarice Lispector