Enquanto ela ouvia sua amiga, cheguei silencioso e travesso por detrás e, carinhosamente, retirei o ornamento de madeira que prendia seus cabelos castanhos.
Observei, encantado, como eles se desmanchavam em beleza e comprimento, até alguns centímetros além de seus ombros morenos...
Hoje de manhã, aquela menina estava diferente. Não eram meus olhos que me diziam, mas o lindo sorriso que ela me endereçou, momentos antes da aula começar.
Conversávamos animadamente, com outros colegas, trocando algumas impressões sobre as mensagens postadas em nosso grupo de estudos virtuais, quando não pude deixar de percebê-la mais alegre e bonita.
Dei com os ombros, e nem me importei de pronto com que vi, mas, sem notar já era um pássaro cativo na gaiola das emoções... A cor de sua pele, o seu olhar (inteligente e ao mesmo tempo ingênuo), o timbre de sua voz, o jeito de quem "vive no mundo da Lua" e ao mesmo tempo determinado, firme...
E minha cabeça foi ficando plena, apenas com ela.
Consegui, com certo esforço, assistir a aula que foi muito divertida por sinal (como sempre costuma ser), embora uma supervisora japonesa estivesse presente, avaliando, muito séria e atenta, a turma e a nossa "sensee".
Ao término da aula, compartilhamos nossos e-mails, para aprimorarmos a conversação no idioma via MSN e nos conhecermos melhor.
Eu e ela só nos veremos agora no próximo final de semana... Oxalá, possamos nos encontrar antes, no virtual...
A semana será longa, quiçá plena de incertezas... Já vi esse filme...
Nunca gostei de forçar nada. Sempre amei a espontaneidade, no que tange os assuntos do coração... O que não significa deixar que "corram frouxamente". Ajo conforme a ocasião. Permito que o momento dite a hora e o local certos. Tem sido bom assim.
Frente a esse contexto espontâneo, faço com que minhas palavras ganhem força, sinceridade e segurança, e tudo acaba por sair "kokoro kara" (de coração).
E foi dessa maneira que tudo aconteceu pela manhã, onde o dia teve início, quente e ensolarado.
Onde um novo fruto já despontou no galho da frondosa macieira, todavia, tão verde ainda...
__________________________________
Na imagem: The Son of Man, 1964 - by René Magritte.
Observei, encantado, como eles se desmanchavam em beleza e comprimento, até alguns centímetros além de seus ombros morenos...
* * *
Hoje de manhã, aquela menina estava diferente. Não eram meus olhos que me diziam, mas o lindo sorriso que ela me endereçou, momentos antes da aula começar.
Conversávamos animadamente, com outros colegas, trocando algumas impressões sobre as mensagens postadas em nosso grupo de estudos virtuais, quando não pude deixar de percebê-la mais alegre e bonita.
Dei com os ombros, e nem me importei de pronto com que vi, mas, sem notar já era um pássaro cativo na gaiola das emoções... A cor de sua pele, o seu olhar (inteligente e ao mesmo tempo ingênuo), o timbre de sua voz, o jeito de quem "vive no mundo da Lua" e ao mesmo tempo determinado, firme...
E minha cabeça foi ficando plena, apenas com ela.
Consegui, com certo esforço, assistir a aula que foi muito divertida por sinal (como sempre costuma ser), embora uma supervisora japonesa estivesse presente, avaliando, muito séria e atenta, a turma e a nossa "sensee".
Ao término da aula, compartilhamos nossos e-mails, para aprimorarmos a conversação no idioma via MSN e nos conhecermos melhor.
Eu e ela só nos veremos agora no próximo final de semana... Oxalá, possamos nos encontrar antes, no virtual...
A semana será longa, quiçá plena de incertezas... Já vi esse filme...
Nunca gostei de forçar nada. Sempre amei a espontaneidade, no que tange os assuntos do coração... O que não significa deixar que "corram frouxamente". Ajo conforme a ocasião. Permito que o momento dite a hora e o local certos. Tem sido bom assim.
Frente a esse contexto espontâneo, faço com que minhas palavras ganhem força, sinceridade e segurança, e tudo acaba por sair "kokoro kara" (de coração).
* * *
E foi dessa maneira que tudo aconteceu pela manhã, onde o dia teve início, quente e ensolarado.
Onde um novo fruto já despontou no galho da frondosa macieira, todavia, tão verde ainda...
__________________________________
Na imagem: The Son of Man, 1964 - by René Magritte.